quinta-feira, 1 de maio de 2014

Ruralidades

Uma das grandes vantagens de se viver perto do campo é poder usufruir dos benefícios que a natureza pode oferecer para a nossa saúde. Alguns alimentos hoje, além de fonte importante de energia, vitaminas e minerais, são cientificamente reconhecidos como medicinais – ou funcionais -  por apresentarem nutrientes, ou outros compostos, que contribuem para a manutenção da boa saúde e redução do risco de doenças.Vamos aproveitar este tema para falar um pouco da pimenta, que foi recentemente reconhecida como alimento funcional, especialmente por causa de seu potencial termogênico.




O que é a pimenta?


Antes de começarmos a falar deste alimento, é importante entender o que é a pimenta. Ela é um tipo de especiaria, encontrada em plantas ou em frutos, que são usadas para produzir condimentos com sabores picantes. O mercado alimentíceo comercializa em torno de 20 tipos diferentes desta especiaria, sendo que cinco destas são amplamente cultivadas e consumidas – dedo de moça, habanero, tabasco, pimenta-do-reino e malagueta. Com a descoberta de seu valor funcional e culinário (afinal, saber usar a pimenta pode valorizar o sabor de um prato), tem aumentado a busca por novos (e mais fortes!) tipos de pimenta.


A tal da capsaicina

O composto químico que tornou a pimenta tão importante no mundo dos alimentos funcionais é chamado capsaicina. Ela é a responsável pela sensação de queimação que este condimento provoca. Por este motivo, quanto mais forte a pimenta, maior é seu teor de capsaicina (que é geralmente encontrada em pimentas vermelhas). A piperina é outro composto químico responsável pelo forte ardor da pimenta, mas é encontrada nestes condimentos de coloração mais escura (como a pimenta do reino). Estes compostos químicos não tem cheiro nem sabor, mas queimam, e muito, a nossa boca.

Benefícios da pimenta para a saúde

A capsaicina e a piperina, além de provocarem o ardor deste condimento, também são seus compostos mais benéficos para a saúde humana. Elas são relacionadas com melhora da digestão, grande efeito termogênico (com aceleração do metabolismo), aumento das ações analgésicas e melhora da nossa circulação sanguínea. Quanto mais forte a pimenta, mais capsaicina e piperina ela contém e melhor para a saúde ela vai ser. As pimentas de sabor mais suave, apesar de não apresentarem concentrações importantes destes compostos químicos, também tem seu valor, por ser excelente 
fonte de vitaminas A e C.



Em nossa lojinha você pode encontrar dois tipos de pimentas naturais:

A Furiosa – Feita de pimenta cumari (que é natural do Brasil, região sudeste), “A Furiosa” apresenta sabor característico e ardência de moderada para forte. Sua coloração é verde e tem formato ovalado. É boa fonte de capsaicina, devido a sua ardência. Para os iniciados no mundo da pimenta, é uma opção diferente e saborosa.
A Bicuda – Feita de pimenta biquinho (também natural do Brasil), apresenta sabor levemente adocicado, e sem praticamente nenhuma ardência. Sua coloração é avermelhada e tem formato arredondado, com um pequeno “bico”.  Por estes motivos é muito utilizada na decoração de pratos, por não comprometer o sabor e é uma ótima opção para quem quer começar a usar pimentas na alimentação. Apesar de baixo teor de capsaicina (por causa da fraca ardência), tem boa concentração de vitamina C e licopeno (outro composto alimentar funcional), já que é suculenta e vermelhinha.

Não deixe de levar estas delícias do sítio Afranópolis para casa quando vier nos visitar! 

Para os curiosos de plantão, deixamos abaixo uma tabela de ardência com as pimentas mais utilizadas na culinária (incluindo as espécies produzidas aqui no sítio). Bom proveito!



Texto: Marina Magalhães.



Um comentário:

  1. Como chama a pimenta que está na capa da matéria, pois tenho um pé em minha casa produzindo esta pimenta, porém não sei seu nome, sua ardencia....
    Obrigado.

    ResponderExcluir